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Por outro lado, a versão moderada não poderia receber o mesmo tratamento da outra modalidade. Bobbio aponta o valor instrumental do direito sustentado por esta versão, afirmando que a versão moderada do positivismo ético afirma que o direito tem um valor enquanto tal, independente do seu conteúdo, mas não porque (como sustenta a versão extremista) seja sempre por si mesmo justo pelo simples fato de ser válido, mas porque é o meio necessário para realizar um certo valor, o da ordem, e a lei é a forma mais perfeita de direito que melhor realiza a ordem. Para o positivismo ético, o direito, portanto, tem sempre um valor. Mas, enquanto para sua versão extremista trata-se de um valor final, para a moderada trata-se de um valor instrumental.
Mesmo essa segunda versão não é uma teoria, mas uma ideologia, pois, embora considerando o direito como uma realidade técnica e não ética, prefere o direito à anarquia, devido ao valor à ordem que o primeiro permite realizar.
Quanto à acusação de facilitar os regimes totalitários, nada poderia ser encontrado nesta versão do positivismo, uma vez que considerar a ordem, a igualdade formal e a certeza como valores próprios do