Biotecnologia com base na medicina popular da amazônia
Lucidéia Barros, de 46 anos, ambas filhas da Dona Miraci, que era neta da Dona Cheirosa. Todas aprenderam a lida com as ervas no Ver-o-Peso. O conhecimento, hoje, está nas mãos da filha de Ediléia, Josiane Silva, de 31 anos, que trabalha no mercado e vê o futuro da medicina popular em seus filhos. O secular aprendizado sobre as plantas amazônicas ganha espaço dentro da academia, a partir de iniciativas público-privadas em ciência e tecnologia. Os novos estudos poderão colocar o Pará na rota mundial do rentável mercado de medicamentos e vacinas, que só no ano passado gerou um faturamento de R$ 40,1 bilhões no Brasil.
A instalação de um pólo do Instituto Butantan, em Belterra, no oeste paraense, e a criação do centro de pesquisas farmacológicas Parafarma, no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, na Universidade Federal do
Pará (UFPA), deverão banhar-se na centenária cultura popular amazônica. Mas, para se incorporar ao lucrativo mercado, o Pará terá de passar por um caminho que inclui a importação de tecnologia, acordos com multinacionais farmacêuticas e grandes investimentos. Só o Parafarma receberá governo do Estado e Ministério da Saúde (MS), inicialmente, cerca de R$