biota
Keller, 2011). Uma das maiores descobertas da ecologia foi que os ecossistemas apresentam freqüentemente uma considerável resiliência; podem ser severamente perturbados e ainda assim retornar para algo parecido à sua condição original, ao longo de certo período. Esse processo previsível de recuperação posterior à perturbação foi denominado de sucessão. Ele tornou-se o elemento primário da teoria ecológica (Raven & Zedler, 2011). Trata-se da extraordinária capacidade da natureza em manter a incrível variedade de vida na Terra, por pelo menos, 3,5 bilhões de anos.
Biota pode ser primária ou secundária. Primária é aquela que não sofreu perturbação; secundária é aquela que sofreu perturbação, mas pode ser recuperada ou se estabelecer uso sustentável no seu ambiente.
Evidências de organismos do passado e estudo de culturas antigas sugerem que a forma atual de nossa espécie, Homo sapiens sapiens, tem vivido sobre a Terra por cerca de 200.000 anos – menos do que um piscar de olhos quando comparado com os 3,5 bilhões de anos de vida na Terra. Todavia, a interferência humana, com sua pegada ecológica – quantidade de solo e água biologicamente produtivas necessárias para abastecer uma população com os recursos renováveis que ela usa e 2 para absorver ou eliminar os resíduos do uso de tais recursos – tem modificado em escala crescente as biotas que dão suporte às populações.
Até cerca de 12.000 anos atrás nossa espécie era caçadora e coletora, desde então três grandes mudanças culturais ocorreram. A primeira foi a Revolução
Agrícola quando o homem começou a cultivar plantas e criar animais para alimentação, roupas e outros fins. A segunda, a Revolução Industrial iniciada na segunda metade do século XVIII que começou a produção em larga escala de mercadorias, e concomitante a ela os avanços da medicina,