biota marinha
3.4.1 Introdução
A região da bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo
Lagunar, apresenta uma série de atividades econômicas altamente impactantes dos ecossistemas adjacentes, prejudicando intensamente a fauna e flora destes ambientes. Entre estas atividades, destacam-se a lavra, beneficiamento e uso do carvão mineral, a suinocultura e a pesca sem gerenciamento. Estas atividades causaram uma série de degradações ambientais em uma extensa área catarinense, principalmente aquelas referentes às bacias hidrográficas dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão, prejudicando tanto sistemas fluviais como lênticos (Bizerril, 1998; Goethe,
1995; Secretaria do Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente,
1994).
A ictiofauna da bacia Hidrográfica do rio Tubarão e Complexo
Lagunar pertence à sub-província da costa sudeste, inserida na região leste brasileira. Esta área é de grande importância no contexto da ictiofauna de água doce sul-americana, pois devido às características naturais da região, é esperado que ocorra um número elevado de taxa endêmicos. Ainda que seja importante em termos de biodiversidade, a ictiofauna dessa região é pouco conhecida. Apresentando uma análise sobre a ictiofauna de água doce do leste brasileiro, Bizerril (1994) menciona um total de 285 espécies, das quais
95% são endêmicas. Aproximadamente 60 espécies são mencionadas para os rios situados na região correspondente ao Estado de Santa Catarina, com destaque em número de espécies as famílias Characidae, Pimelodidae,
Loricariidae e Rivulidae. Além destas, na desembocadura de vários sistemas fluviais da região, são encontradas espécies eurihalinas, como representantes das famílias Engraulidae, Mugilidae e Centropomidae.
Um trabalho de maior abrangência para o Estado de Santa
Catarina é apresentado por Godoy (1987), que relaciona os peixes marinhos e de água doce desse Estado, no qual cita a presença de 470 espécies. Um estudo recente sobre o curso