Biossegurança
Ana Isabel Dias da Silva1
Jorge Mesquita Huert Machado2
Elizabeth Gloria Oliveira Barbosa Santos3
Maria Helena Palucci Marziale4
INTRODUÇÃO
A exposição a acidentes biológicos com objetos perfurocortantes representa um risco à saúde dos trabalhadores, principalmente, devido à probabilidade de transmitir doenças como o vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV) e vírus da imunodeficiência humana (HIV).
As consequências dessa exposição podem comprometer os a saúde dos trabalhadores fisicamente e emocionalmente, além de ter serias complicações e repercussões negativas em suas relações familiares e sociais.
Segundo os Autores desse artigo, “Acidentes com Material Biológico Relacionados ao Trabalho: Análise de uma Abordagem Institucional”, nos Estados Unidos, estima-se que mais de oito milhões de trabalhadores da saúde estão expostos a acidentes com materiais perfurocortantes. O risco de infecção de uma agulha contaminada é de um entre três para hepatite B, um entre 30 para hepatite C e um entre 300 para HIV.
Dos 16.922 acidentes documentados de 1995 a 2001, 44% envolveram enfermeiras, 28% médicos, 15% técnicos de laboratório, 4% estudantes e 3% pessoal de limpeza.
Já no Brasil, este número pode chegar a três milhões. Conforme dados recentes de estudos desenvolvidos em um Centro de Referência de Saúde, 39,5% dos auxiliares de enfermagem haviam se acidentado com material biológico, confirmando a vulnerabilidade desse segmento profissional.
Os acidentes de trabalho, no Brasil são comunicados pelos sistemas de informação da Previdência Social e do Ministério da Saúde por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT (BRASIL, 1997), pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan (BRASIL, 2007) e pelo Sistema de Informações Sobre Mortalidade – SIM (BRASIL, 2000a). Esses dados são