Biorreatores
A atual situação e a possibilidade de escassez dos recursos hídricos apontam para a necessidade do uso de tecnologias voltadas para o tratamento da água. É através desses novos adventos que se obtém, também, efluentes tratados que atendem não só aos padrões mundiais para que a água retorne aos copos d’água, mas também para seu reúso. Com toda a posição de racionamento desse bem natural, o custo tende a ficar cada vez mais elevado, conforme previsto em lei. Por conta disso, o mercado de água de reúso tem um futuro promissor e representa um potencial a ser explorado, tanto na agricultura quanto em empresas, onde a demanda de água não potável é grande.
Neste contexto, surgiram os biorreatores com membranas, o MBR (a sigla significa Membrane Bio Reactor). “Isso quer dizer que não se trata de uma ultrafiltração direta e sim de um sistema biológico completo em que as membranas de ultrafiltração fazem parte integrante do processo de digestão de matéria orgânica”, comenta Eng. Eduardo Pacheco, gerente comercial da GE Water & Process Technologies.
Segundo o Eng. José Corrêa do Carmo Junior, Técnico Comercial da Centroprojekt do Brasil, combinando os benefícios da degradação biológica às vantagens dos processos de separação por membranas, o MBR funciona como um filtro que deixa passar através dela somente água, alguns íons e moléculas de baixo peso molecular, barrando os sólidos e bactérias. “Mas para a água estar tratada, depende do tratamento feito dentro do reator antes da ultrafiltração das membranas”, explica o engenheiro.
O MBR pode ser utilizado para efluentes tipo sanitários e industriais, mas com algumas restrições e limites quanto a tipos de solventes, gorduras e cálcio, por exemplo. Só a partir de uma pesquisa minuciosa junto aos clientes, seus hábitos, práticas e o tipo de água final necessária, poderão traçar quais características o sistema precisa