Bioquimica
Coordenador: Mauro de Freitas Rebelo (UFRJ)
Título: Adaptações fisiológicas e bioquímicas a contaminação ambiental por metais pesados
Conferencista: Mauro de Freitas Rebelo (IBCCF/UFRJ)
Resumo: A moderna definição de biofísica mostra uma ciência que lida não apenas com os processos físicos e biológicos em nível celular, mas também em níveis de organização maiores como os ecossistemas. Dentro dessa nova abordagem, desmatamento, mau uso do solo e mudanças climáticas também são biofísica.
Para estudar essas vertentes mais modernas, a Biofísica ambiental lança mão do uso de poluentes para compreender mecanismos fisiológicos bioquímicos e celulares de adaptação ao ambiente e determinar como as alterações no meio ambiente podem acarretar em prejuízos para a saúde humana.
Os metais pesados são substâncias abundantes na crosta terrestre e que estão disponíveis desde a formação do planeta. Apesar de serem essenciais a vida, apresentam riscos graves a saúde. A toxicidade dos metais advém das suas características mais importantes para os seres vivos: a sua valência variável. Muitos são utilizados como co-fatores em reações enzimáticas e tantos outros são mediadores dessas reações. Porém, podem ser ligar de forma estável a proteínas, principalmente aos radicais sulfidrila das cisteínas, alterando sua conformação e muitas vezes impedindo sua função.
Para lidar com essas substâncias, os organismos vivos desenvolveram diferentes mecanismos, que funcionam como adaptações a curto e longo prazo. As proteínas metalotioneínas são parte importante da homeostase de metais de transição na célula e também a primeira linha de defesa do organismo para combater os metais tóxicos. Formação de lipofucinas e grânulos amorfos são outros exemplos.
Esses e outros mecanismos vem sendo bastante estudados em organismos sentinelas, como mexilhões e ostras, inclusive com aplicação de métodos moleculares. Quantificação da expressão gênica por métodos moleculares além de