Biopatologia das doenças infecciosas
Data: 5 de Abril de 2010
Docente: Prof. Doutor. Jorge Soares
Tema da aula: Biopatologia das doenças infecciosas
Desgravada por: Inês Henriques
Corrigida por: Maria Luisa de Lemos Costa
Ferreira, P.C. 2007. Apontamentos para as aulas práticas de Microbiologia
Kumar V., Cotran R., Robbins S.; “Robbins Basic Pathology”; 8ª edição; 2007 http://www.stanford.edu/ Biopatologia das doenças infecciosas
Como é que os microrganismos produzem lesões/doença? Como é que eles entram no hospedeiro? Há ou não há lesões que são específicas, características, de determinado agente?
Como o objectivo das doenças é a cicatrização, a questão última que se coloca é:
Pode a cicatrização, enquanto processo defensivo, reparativo do organismo, originar ela própria outras doenças?
Existe uma interacção entre o agressor e a sua virulência (virulência deriva da palavra vírus, mas é utilizada para definir agressividade, independentemente do microrganismo, seja vírus ou bactéria) e os mecanismos de defesa do hospedeiro.
Como é que se medeia a doença?
Podemos considerar a ocorrência de acções locais e sistémicas. Na acção local, há a produção directa de produtos tóxicos que podem lesar (lesão) ou matar (necrose) a célula. A libertação dessas substâncias também pode ocorrer à distância (por ex. toxinas).
Também a resposta imunológica pode, ela própria, conduzir secundariamente a doença. Quais são as consequências para a célula do hospedeiro?
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Ou morre (necrose) ou tem uma perturbação que implica reparação, reparação essa que poderá demorar mais ou menos tempo.
Barreiras naturais
As
barreiras
naturais do hospedeiro previnem o acesso dos microrganismos ao corpo e a
sua
consequente
disseminação tecidos. As
pelos primeiras barreiras são a pele e superfícies mucosas e as secreções por
estas
produzidas (por exemplo, a lisozima presente nas lágrimas degrada a parede
Fig. 1 – Barreiras