Biomedicina
A nova política para a infraestrutura recém- -anunciada, atraindo investimento privado, criando estatal para fazer planejamento de longo prazo da logística brasileira, se for acompanhada do controle de gasto corrente do governo e da ampliação dos investimentos públicos, será mais um passo na direção da verdadeira mudança de regime de política. A presidente Dilma manifestou aos representantes da sociedade civil, no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, a firme determinação do governo em enfrentar a questão da competitividade da indústria brasileira, começando com a redução do custo de energia. Observe-se que muda o regime de política fiscal, mudando a composição dos gastos, de estímulos de curto prazo, com ampliação do gasto corrente, para medidas de longo prazo, ampliando os investimentos públicos. Diante da incapacidade total da nossa burocracia em definir estratégias e fazer planejamento de longo prazo, o governo está contornando este gargalo com a criação de uma empresa estatal de planejamento em logística. A presidente afirmou, também, a determinação em atacar a questão da competitividade, isto é, do custo Brasil, agenda que inclui obrigatoriamente, além do custo de energia, a carga tributária absurdamente elevada para o seu nível de desenvolvimento, e a taxa de juros do Banco Central, ainda muito acima da internacional. O governo está atacando também a questão do financiamento a longo prazo dos investimentos, com a criação de estímulos para a introdução de novos instrumentos financeiros a serem anunciados após as eleições. Esta questão é mais delicada, pois estamos ainda sob restrição de algumas heranças do período de alta inflação, como a utilização pelo Banco Central do Brasil da taxa de juros de título público (Selic) para fazer operações “overnight”, impossibilitando a criação do mercado de títulos de longo prazo e indexando todo o sistema bancário e mercado de capitais à taxa diária Selic (DI). Portanto, em