Biomecânica do voleibol
O vôlei vem se tornando um dos esportes mais populares no país, e nossa seleção masculina está chamando mais atenção com a possível conquista do 10º título da Liga Mundial.
Como se pode deduzir, esse é um esporte que cobra muito do ombro dos atletas praticantes. Essa articulação possui muita mobilidade, logo, é muito instável e propensa a lesões.
Voleibol submete os ombros a um processo de desaceleração brusca, principalmente no saque e na cortada, ocasionando fadiga dos rotadores externos. Em jogadores de vôlei, esse complexo é muito solicitado, principalmente os músculos do manguito rotador, que atuam como estabilizadores dinâmicos da articulação, evitando luxações e subluxações.
As ações predominantes no voleibol são de força e potência.
As grandes amplitudes de movimento na abdução ou flexão do ombro e o contato da cabeça do úmero com a cavidade glenóide só são possíveis por causa dos movimentos artrocinemáticos: deslizamento, rolamento e rotação. Ao fazer a abdução, a cabeça do úmero faz um rolamento (se existisse só esse movimento ocorreria uma luxação) deslizamento para baixo, mantendo o contato com a cavidade glenóide, e a rotação lateral, necessária para livrar o acrômio do tubérculo maior
No saque em suspensão, a flexão do ombro deve acontecer ao mesmo tempo em que a flexão de cotovelo ocorre, com isso o atleta realiza menos esforço, já que diminui o braço de resistência e aumenta o braço de força. Logo após, o ombro realiza adução, rotação interna e extensão.
Na hora de um ataque, onde há uma explosão de força dos rotadores internos, os rotadores externos realizam uma contração excêntrica para a desaceleração final do ataque, o que provoca um stress tênsil nos tendões do manguito rotador, que com o uso repetitivo acaba sendo acometido.
Os voleibolistas machucam os músculos rotadores do ombro com muita