Biomassa
Fonte: Pnud Brasil, em 16 de fevereiro de 2011
Esta previsto para este ano, a primeira usina do país que gera eletricidade regularmente a partir da queima da palha da cana-de-açúcar, material que geralmente é abandonado na lavoura. A iniciativa faz parte de um programa de US$ 68,5 milhões, que pretende implantar pelo menos mais duas unidades o até 2015 e disseminar informações para fortalecer o setor.
O objetivo do projeto, que tem apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é viabilizar o uso da palha da cana como alternativa de geração de energia elétrica em usinas de cana. Estima-se que pelo menos metade das 80 milhões de toneladas do resíduo produzidas atualmente no Brasil pode ser direcionada à eletricidade. Segundo o responsável pelo projeto e coordenador de pesquisas no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Suleiman José Hassuani, o volume é suficiente para abastecer 13 milhões de residências.
Na colheita da cana, os colmos (caule) é que são processados para produção de açúcar e álcool, e suas sobras viram bagaço. As folhas (verdes ou secas) e a ponta da planta, que formam a palha, ficam no campo. Parte do material é eliminada com fogo, o que gera monóxido de carbono e fuligem. Como as queimadas têm sido proibidas, a tendência é aumentar a quantidade de palha no solo.
O resíduo traz alguns benefícios agrícolas, ajuda a evitar erosão, provê nutrientes para o solo e preserva sua umidade, mas tende a favorecer o desenvolvimento de pragas e o apodrecimento da raiz. Um estudo feito pelo PNUD com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Fundo de Ambiente Global (GEF), divulgado em 2005, concluiu que pelo menos metade do material poderia ser destinado a geração de energia, sem comprometer os benefícios da ação da palha na terra. Com isso, o Brasil elevaria sua produção de energia renovável.
- O objetivo é que sejam três, uma em 2011, outra em 2013 e a terceira