biologia
Alexandre Araújo Costa
Cartografia dos métodos de composição de conflitos 1
I - Introdução 2
II - Introdução: por uma nova cartografia 2
III - Reconhecimento do terreno: avaliando as diferenças entre os conflitos 5
IV - Mapeando as estratégias autocompositivas 11
V - Entre mediação e conciliação 13
VI - Mapeando as estratégias heterocompositivas 21
VII - Articulando os mapas: avaliação crítica e comparativa das estratégias 25
VIII - Conclusão: pela autonomia dos métodos 34 Bibliografia 35
I - Introdução
II - Introdução: por uma nova cartografia
Conhecer é construir mapas e os registros cartográficos de territórios novos são quase sempre muito limitados2. E, embora possa parecer incrível para alguns, a resolução de conflitos é um campo novo para o direito, o que faz com que os mapas teóricos de que dispomos para lidar com essa questão ainda sejam demasiadamente inseguros.
Embora o direito sempre tenha lidado com conflitos, faz muito pouco tempo que os juristas passaram a entender que esse é um objeto merecedor de reflexões específicas. A história do conhecimento é repleta de situações como essa: passamos séculos lidando com uma realidade que, pelos mais variados motivos, não é tematizada pelas nossas reflexões. A escravidão, a homossexualidade, a preservação ambiental, a liberdade de crença, o direito das mulheres a um tratamento igualitário, durante muito tempo esses temas simplesmente estiveram excluídos dos estudos sistemáticos que normalmente chamamos de ciência ou filosofia. Em um dado momento, esses fatos passaram a ser entendidos como problemas, ou seja, como fontes de indagações que merecem ser respondidas.
Para que um determinado objeto se transforme em um problema, é necessário que nos tornemos conscientes de que o modo tradicional de lidarmos com eles talvez não seja o mais adequado. Essa percepção de que algo poderia ser diferente em nossas visões em nosso