BIOLOGIA
A par do pânico da população, o Governo não sabia o que fazer.
No dia 7 de agosto, o Governo de Bernardino Machado levou ao Congresso da República uma declaração sobre a política externa a seguir face à emergência da guerra. Esta declaração reafirmava a tradicional aliança com a Inglaterra sem declarar guerra à Alemanha.
Porém, apenas cinco dias depois, Portugal organiza uma expedição militar com destino a Angola e Moçambique, começando, desta forma, a combater não na Europa, mas em África, isto é, a posição de Portugal na Primeira Guerra Mundial não se podia separar da defesa das colónias ultramarinas, já que as ambições da Alemanha sobre estas eram bastante grandes.
Assim, numa primeira etapa, Portugal participou, militarmente, na guerra com o envio de tropas para a defesa das colónias ameaçadas pela Alemanha. Face a este perigo e sem declaração de guerra, o Governo português enviou contingentes militares para África.
Mesmo antes de eclodir a guerra, o tratado anglo-alemão de 1898 previa uma partilha de Angola, Moçambique e Timor, já que devido às dificuldades financeiras de Portugal, provavelmente, este país se veria obrigado a empenhar as colónias para resolver a crise.
Em 1913, os mesmos países que integraram este tratado celebraram em 20 de outubro um tratado de revisão do anterior.
Porém, as pretensões da Alemanha não chegaram a realizar-se, devido à ação diplomática portuguesa em Londres e também porque os alemães não concordaram com a exigência por parte da Inglaterra de lhe dar protagonismo.
Assim, com o eclodir da guerra, as possessões portuguesas em África ficavam, novamente, à mercê das ambições da Alemanha.
A 25 de agosto de 1914, os militares alemães fizeram uma