biografias de freud, skinner, watson
A companhia de Jesus, ordem religiosa incumbida pela coroa portuguesa e pelo Papado, para integrar as novas terras e os seus nativos “selvagens” ao mundo cristão e civilizado, a serviço da fé e do Império, tinha pela frente uma árdua tarefa de civilizar “seres exóticos”, cuja essência humana admitia com certa desconfiança e pouca convicção, através de formas alternativas de ação pedagógica.
Foi junto ao primeiro-governador geral, Tomé de Souza, que os jesuítas começaram a desenvolver seu trabalho de aculturar e converter “ignorantes” e “ingênuos”, como nativos e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os degredados e aventureiros que para o novo mundo viessem.
Tratava-se de dominar, pela fé, os instintos selvagens dos donos da terra, que nem sempre recebiam pacificamente os novos proprietários, difundindo o pânico entre a população metropolitana, que ansiava por oportunidades econômicas num mundo menos competitivo.
Formaram se assim as missões itinerantes, na forma de recolhimentos ou, como se revelariam mais eficientes, de Aldeamento. E ao que tudo indica, as resistências da cultura indígena sucumbiram paulatinamente a uma revisão essencial, que lhe poupava apenas a forma ou aparência como aparelho de medição, e sobre a conversão e a redenção em mãos jesuítas, os indígenas não aprendiam apenas uma nova língua, uma nova interpretação da vida e da morte, e não ganhavam apenas um novo deus, trazido de longe para reinar cm a pompa típica do mundo de onde vinha, era sim o começo de uma penitencia sem fim, pelas culpas descobertas, com a revelação do “bem”, com os abomináveis incestos , a nudez e a sombra do canibalismo, que a todos cobriam, culpados ou não.
Sem duvida, fazia parte da aculturação do nativo, condição indispensável para a catequese, o aprendizado das praticas elementares da produção para a sobrevivência material da comunidade indígena, em processo de aldeamento, e essa racionalidade introduzida na vida dos