Biografia do autor manuel atienza
Ao longo da sua história a Antropologia vem ocupando uma centralidade científica na questão do racismo. O racismo, diante de outros exemplos, como o nazismo, qualifica membros de uma sociedade de acordo com seu pertencimento a grupos e raças, classificando as pessoas e considerando suas cores, valores, religião.
A democracia despreza e exclui qualquer forma de seleção de pessoas enquanto membros de uma sociedade. Quando se rejeita a igualdade, se estabelece sentimentos de superioridade e/ou inferioridade na consciência coletiva. Na modernidade se estabelecem os direitos de cidadania, que vão de encontro à política de raças, sendo esta a “negação da modernidade”.
A liberdade é o conceito, valor, que considera que as pessoas tenham condições de escolha, e diz que as diferenças são necessárias para as relações humanas e o equilíbrio social.
Durante a história da humanidade, houve várias marcações de luta de raças, onde a melhor raça – mais forte e inteligente – se impunha sobre as demais. Quando uma ideologia racista encanta uma sociedade ou parte dela, as consequências tornam-se imprevisíveis, como aconteceu com o nazismo e a escravidão efetivada por Portugal no Brasil, onde houve o domínio de uma raça sobre outra e quando não era mais do interesse da raça superior, a prática da escravidão foi proibida.
Ainda se encontra em muitas sociedades, mesmo no Brasil, a classificação por raças. Em algumas regiões encontra-se o trabalho escravo e infantil, o desprezo por índios, e a expansão da ideologia nazista através de grupos, em grandes centros urbanos.
A história da humanidade é interpretada por muitos como uma luta entre raças. Sendo assim, justifica-se que a melhor raça mais forte ou mais inteligente se imponha sobre as demais. A valorização das pessoas e da sociedade está diretamente relacionada à implementação desse objetivo, de tal forma que este se torna um critério de justiça. Percebe-se que o racismo, nesse contexto, está na origem da injustiça.