Biografia de Peter Lund
Em 1829 retornou à Europa e visitou as universidades de Berlim, Dresden, Praga, Viena, Roma e o Museu de História Natural de Paris, onde freqüentou cursos de Georges Cuvier, ministrados no Collège de France, aderindo, profundamente, ao Catastrofismo daquele naturalista francês .[1]
Três anos depois, voltou definitivamente ao Brasil. Ao lado do botânico Ludwig Riedel, viajou pelo Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás e Minas Gerais. O resultado dos estudos botânicos promovidos nesta expedição foram publicados em Observações a respeito da vegetação dos campos no interior do Brasil, especialmente fito-históricas, de 1835.
Em Minas Gerais estudou uma enormidade de fósseis encontrados nas cavernas próximas a Curvelo. Dedicou-se também às pesquisas arqueológicas. Estudou as montanhas da Serra do Espinhaço, recolheu material e remeteu-os para a Sociedade Real de Antiquários do Norte, em Copenhague, junto com um memorial sobre o assunto.
Em 1842, segundo um relato seu, já tinha explorado mais de 200 cavernas na região e descrito 115 espécies de animais - entre os quais o célebre tigre de dentes de sabre (Smilodon populator). Em 1843 encontrou na região vestígios de homens pré-históricos, cujos estudos definiram as características daquele que ficaria conhecido posteriormente como o Homem de Lagoa Santa. Esta cidade, aliás, foi adotada como base de operações por Lund por ser o centro de uma área repleta de cavernas.
As descobertas de fósseis humanos levaram Lund, em 1842, a escrever uma carta ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, publicada naquele mesmo ano e intitulada “Sobre a