biografia de monteiro lobato
Trocou o nome da editora para Monteiro Lobato & Cia, que faliu em 1925. Fissurado pelo desejo de levar leitura e conhecimento ao país todo, nunca desanimou do investimento editorial: fundou, durante sua vida, mais duas editoras, a Companhia Editora Nacional e a Editora Brasiliense.
Retrato de Monteiro Lobato
Embora nacionalista, seu conservadorismo político e seu moralismo o levaram a contradições como, por um lado, desejar progresso e educação para o povo e independência econômica para o país — lutando bravamente por eles, até a exaustão — e, por outro, opor-se drasticamente às renovações culturais e artísticas do Modernismo. Se ficou na história a sua prisão, em 1941, por ter atacado a ligação das autoridades brasileiras getulistas aos interesses internacionais, e a comoção nacional em defesa do escritor, também passou para a história a polêmica que provocou ao achincalhar a exposição expressionista de Anita Malfatti, em 1917.
Nas obras do ciclo do Sítio do Pica-Pau Amarelo, encontra-se ainda o melhor da ficção para crianças já produzida no país. Até hoje Lobato é referência como autor que educa, ensina e diverte, sem o artificialismo, sem o coloquialísmo gratuito e sem o oportunismo editorial de boa parte da frágil literatura infanto-juvenil brasileira.
De sua obra para adultos, destacam-se os volumes de contos — Urupês, Cidades mortas e Negrinha — e as crônicas e artigos polêmicos reunidos em Idéias de Jeca Tatu, Jeca Tatuzinho, América, O escândalo do petróleo e Zé Brasil.
Tematizando o Vale do Paraíba paulista em sua decadência agrícola do início do século XX, retrata em seus contos o drama social e cultural do roceiro em