Biografia de Florbela Espanca
Não/ sei/ quem /és./ Já /não /te/ ve/jo/ bem... E ouço-me dizer (ai, tanta vez!...) Sonho que um outro sonho me desfez? Fantasma de que amor? Sombra de quem?
Névoa? Quimera? Fumo? Donde vem?...
- Não sei se tu, amor, assim me vês!... Nossos olhos não são nossos, talvez... Assim, tu não és tu! Não és ninguém!...
És tudo e não és nada... És a desgraça... És quem nem sequer vejo; és um que passa... És sorriso de Deus que não mereço...
És aquele que vive e que morreu... És aquele que é quase um outro eu... És aquele que nem sequer conheço...
Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas" Tema: Sonho
ANÁLISE FORMAL
Tipo de rima
A,b,b,a/c,d,e,c/f,f,g/h,h,i-rima emparelhada e rima interpolada é contituido por duas quadras e dois tercetos-Soneto silabas métricas, só ao primeiro verso-décassilabo
Tema-Sonho
Assunto-
BIOGRAFIA DE
Florbela Espanca, poetisa portuguesa,
Precursora do movimento feminista em Portugal, teve uma vida tumultuada, transportando os seus sofrimentos íntimos em poesia da mais alta qualidade, cheia de erotismo e feminilidade Nasceu em Vila Viçosa, a 8 de Dezembro de 1894 – em Matosinhos,
Faleceu a 8 de Dezembro de 1930, batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição Espanca,
filha de Antónia da Conceição Lobo, empregada de João Maria Espanca, que não a reconheceu como filha. No entanto, com a morte de Antónia em 1908, João e sua mulher Maria Espanca criaram a menina.
O pai só reconheceria a paternidade muitos anos após a morte de Florbela.
Em 1903 Florbela Espanca escreveu o primeiro poema de que temos conhecimento, “A Vida e a Morte”.
Em 1913,dia 8 de dezembro,casou-se com Alberto Moutinho.
Em 1917,concluiu um curso de Letras , inscrevendo-se a seguir no curso de Direito, foi a primeira mulher a frequentar este curso na Universidade de Lisboa.
Em 1919,sofreu um aborto involuntário, ano em que publicaria o “Livro de