Biofísica, do lúdico ao real
Introdução
A interação entre nosso cérebro e uma máquina é tema recorrente no cinema - Robocop (1987), Homem de Ferro (2008) e Círculo de Fogo (2013) são alguns dos exemplos. A técnica certamente descortina inúmeras possibilidades de aplicação, como a exploração de ambientes inóspitos - terrestres ou extraterrenos-, o desenvolvimento de trajes bélicos ou a recuperação de funções motoras, com a associação entre a rede neuronal de pacientes paralíticos e apêndices mecânicos, capazes de desempenhar as funções de membros naturais.
A equipe do projeto Walk Again alcançou resultados positivos durante uma série de testes de um exoesqueleto desenvolvido para substituir os membros posteriores de um humano privado do movimento das pernas.
Nesses casos, o paciente, apesar de possuir integridade do lobo frontal (região do cérebro que controla os movimentos voluntários) é incapaz de mover os membros, pois a transmissão do impulso nervoso enviado pelo cérebro é interrompida por uma eventual lesão na medula, impedindo a chegada deste impulso aos músculos efetores de movimento.
Para contornar o problema, escritores de ficção criaram histórias que a todo momento flertam com a realidade e cada vez mais aproximam-se dela. Em Robocop, o policial amputado Alex Murphy recebe implantes de microchips tanto no cérebro quanto ao longo de sua medula, esses microchips transmitem a ordem criada pelo cérebro de Murphy até um exoesqueleto mecânico, que passa então a ser controlado conforme a vontade do policial.
A estratégia do projeto Walk Again não