Biofilmes - Microbiologia
MICROBIOLOGIA: Biofilme na Indústria de Alimentos
Acadêmica: Thalyta do Prado Carvalho
Rio Verde
Novembro 2014
INTRODUÇÃO
Apesar dos recentes avanços tecnológicos e científicos nas indústrias de alimentos, observa-se a ocorrência de enfermidades de origem alimentar, devido à ingestão de produtos contaminados por microrganismos patogênicos.
Na indústria, os microrganismos podem se aderir a resíduos orgânicos e inorgânicos presentes na superfície de equipamentos e utensílios, caso o processo de higienização seja aplicado incorretamente. O biofilme, por exemplo, é uma comunidade cooperativa e estruturada de microorganismos que estão embutidos em uma matriz auto produzida que está associada com uma superfície. Células sésseis, presentes no biofilme, além de reduzir a eficiência e vida útil de equipamentos, em função do fenômeno denominado corrosão microbiologicamente induzida, são mais resistentes ao processo de desinfecção.
O objetivo deste trabalho é descrever a formação e caracterização de biofilmes, ressaltando os principais aspectos de importância na indústria de alimentos, e os métodos de prevenção de biofilmes disponíveis.
CONCEITO, ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DE BIOFILMES
Um biofilme consiste em um complexo ecossistema microbiológico formado por populações desenvolvidas a partir de uma única ou de múltiplas espécies, sejam bactérias, fungos e/ou protozoários de modo isolado ou em combinação, associados a seus produtos extracelulares constituindo uma “crosta” de polímeros orgânicos que se encontram aderidos a uma superfície, podendo se desenvolver em qualquer superfície úmida, seja ela biótica (formada por espécies vivas) ou abiótica (minerais).
Os biofilmes podem existir como agregados mais ou menos confluentes, em camadas únicas ou arquiteturas tridimensionais¹.
Contém partículas de proteínas, lipídeos, fosfolipídeos, carboidratos, sais minerais e vitaminas, entre outros, que