Bioeletricidade
A Eletroterapia ou "eletricidade médica" como já foi designada consiste no uso de correntes elétricas para o tratamento de pacientes. 1 . Embora seu desenvolvimento tenha se aperfeiçoado mais apenas nas últimas décadas, já na Antiguidade seu uso era empregado. Os registros mais antigos datam de 2.750 a.C., quando eram utilizados peixes elétricos (Torpedo) para produzir choques nos doentes e assim obter analgesia local.
Os equipamentos atuais empregam diferentes tipos de correntes, onde o aparelho emite a energia eletromagnética que é então conduzida através de cabos condutores até os eletrodos que ficam aderidos à pele do paciente. Outras formas incluem a utilização de agulhas ao invés de eletrodos, sendo este emprego mais reservado ao uso para terapia estética ou para métodos diagnósticos (a eletroneuromiografia por exemplo).
Existe uma diversidade de correntes que podem ser utilizadas na eletroestimulação, cada qual com particularidades próprias quanto às indicações e contra-indicações. Mas todas elas tem um objetivo comum: produzir algum efeito no tecido a ser tratado, que é obtido através das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia.
E entre os principais efeitos esperados do uso dessa(s) forma(s) da energia eletromagnética estão os efeitos térmicos (aumento da temperatura tecidual), a produção de contração muscular (auxiliares na complementação dos programas de exercícios fisioterapêuticos) e estimulação, por sua frequência, capaz de induzir analgesia e reparação de tecidos (efeitos anti-inflamatórios). 3 Nessa perspectiva a eletroterapia distingue-se das modernas formas de estimulação magnética, neuroestimulação e eletroacupuntura ou "estimulação elétrica nervosa percutânea" (PENS), apesar dos objetivos comuns dessas últimas de controle da dor, entre outros efeitos específicos. Observe-se que a aplicação dos distintos procedimentos eletroterapêuticos são realizados por distintos