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Brasil pode tornar-se líder de bioeconomia, diz diretor da CNI Marcos Magalhães
Rico em recursos naturais, o Brasil poderá tornar-se líder na chamada bioeconomia, disse nesta terça-feira (15) o diretor de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Mól Junior. Mas para isso, alertou, o país deverá facilitar o acesso de pesquisadores ao seu vasto patrimônio genético, a partir do qual poderão ser fabricados novos tipos de fármacos, cosméticos e alimentos. Em audiência pública sobre o tema “Inovação para a Sustentabilidade”, promovido pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), o diretor da CNI observou que o Brasil detém aproximadamente 15% da biodiversidade de todo o planeta. Mas até hoje não chegou a catalogar nem 10% das espécies que existem em seu território. A dificuldade de se obter uma autorização de pesquisa do Comitê do Patrimônio Genético, advertiu, acaba motivando a pirataria de espécies genéticas e o registro no exterior de produtos obtidos a partir dessas espécies.
- Ficaria feliz de ver esse tema entrar na agenda do país. Destravar as pesquisas liberaria um eixo espetacular de pesquisas no Brasil, para que possamos trabalhar de maneira sustentável com impactos econômicos relevantes. Aí está um exemplo claro de como a agenda de inovação e sustentabilidade poderia avançar – afirmou Mól durante a audiência, presidida pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), dentro dos preparativos para a realização da conferência Rio+20, que ocorrerá em junho.
O potencial econômico da biodiversidade brasileira também foi ressaltado pelo secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Nobre. Ele recordou o exemplo da indústria de beneficiamento do açaí, cujo faturamento já se aproxima daquele obtido pela indústria madeireira.
- O Brasil tem que