Biodisponibilidade de nutrientes
Biodisponibilidade, Bioeficiência, Bioconversão de vitaminas e minerais
1. Introdução
O termo biodisponibilidade indica a proporção do nutriente que é realmente utilizada pelo organismo (SOUTHGATE et al., 1989). Entretanto, no congresso realizado na Holanda em 1997, foi proposta uma redefinição, ou seja: “Biodisponibilidade é a fração de qualquer nutriente ingerido que tem o potencial para suprir demandas fisiológicas em tecidos alvos”. Portanto, a biodisponibilidade não corresponde, na maioria das vezes, à quantidade ingerida. Pode-se entender que biodisponibilidade significa a quantidade do nutriente presente no alimento que vai ser realmente aproveitada pelo organismo, desempenhando a sua função. Na literatura são encontrados alguns termos que podem provocar dúvidas como: biopotência, bioconversão e bioeficácia. Sendo que, biopotência está diretamente relacionada à magnitude da influência de uma vitamina nos processos biológicos ou, simplesmente, à atividade biológica da vitamina, testada por meio de bioensaios. A bioconversão é a quantidade de um nutriente já absorvido que é convertida em sua forma ativa no corpo. A bioeficácia é resultado tanto da biodisponibilidade quanto da bioconversão e refere-se a eficiência com que um nutriente ingerido no alimento é absorvido e convertido na sua forma ativa.
Há um grande interesse em quantificar os micronutrientes nas dietas de grupos de população, visando avaliar sua ingestão e correlacionar esses dados com o estado nutricional dos indivíduos. Portanto, por meio dos conhecimentos da biodisponibilidade de nutrientes, pode-se: determinar, de forma mais precisa, as necessidades nutricionais do organismo, e as recomendações de ingestão alimentar; elaborar tabelas de composição de alimentos mais precisas; adquirir conhecimentos científico-tecnológicos relacionados com enriquecimento ou fortalecimento de alimentos.
Diversos fatores influenciam a absorção de nutrientes