Biocompatibilidade dos materiais odontologicos
Resumo. Biocompatibilidade é a capacidade de um material desencadear uma resposta biológica apropriada, quando aplicado no organismo, não causando reação inflamatória crônica, reação de corpo estranho ou mesmo toxicidade; está relacionada com a interação célula/biomaterial. Poucos materiais, ou talvez nenhum, são totalmente inertes do ponto de vista fisiológico visto que, a maioria apresenta uma variedade de componentes com potenciais tóxicos ou irritantes. Além disso, reações químicas que ocorrem durante a cura do material podem também produzir efeitos indesejáveis. A fim de ampliar os conhecimentos sobre as características e propriedades dos materiais e da sua interação com o meio biológico, o presente estudo teve como objetivo, através da revisão de literatura, orientar e informar didaticamente profissionais e acadêmicos sobre a importância da biocompatibilidade dos materiais restauradores diretos mais utilizados na clínica odontológica: amálgama de prata, resinas compostas e ionômero de vidro. Concluiu-se que, dentre os materiais restauradores pesquisados, o cimento de ionômero de vidro foi o que apresentou melhores características e propriedades que confirmam sua biocompatibilidade na clínica odontológica.
Palavras-chave: Biocompatibilidade, Materiais restauradores, Biomaterial.
1. INTRODUÇÃO
Avanços significativos da utilização de biomateriais na Odontologia, com o intuito de reparar tecidos ósseos e dentários perdidos por algum tipo de patologia ou acidente, tem permitido aos profissionais da área o uso de terapêuticas reabilitadoras inovadoras, reestabelecendo o bem estar físico, psicológico e social dos pacientes. Embora exista uma grande variedade de biomateriais restauradores odontológicos no mercado, poucos materiais reúnem todos os requisitos necessários para a utilização de um biomaterial, sendo o mais relevante deles a biocompatibilidade (PASCHOAL, 2011).