biocombustiveis no brasil
2.1 Etanol
O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo – está atrás somente dos Estados Unidos, que usam o milho como matéria-prima. Dentre os combustíveis para motores leves, o uso do etanol representa 40% do total, reflexo da perfeita consolidação em que se encontram o setor sucroalcooleiro e a produção de etanol no território brasileiro atualmente. Há ainda a possibilidade de melhorias na área agrícola, devido à existência de variedades de cana-de-açúcar transgênicas, que reduziriam custos de produção, porém não são utilizadas pela lentidão de seu processo de liberação. O êxito da produção de etanol brasileira não decorre somente da geografia e do clima favoráveis aliados à vastidão de terras disponíveis para o cultivo de cana-de-açúcar, mas principalmente da gestão de incentivos proporcionada pelo governo diante da crise do petróleo na década de 70. Nesse contexto, o Brasil foi o único país do mundo a lançar um programa sólido de biocombustíveis: o Programa Nacional do Álcool (Proálcool). Este foi criado em 14 de novembro de 1975 por meio do decreto de nº 76593 e consolidou-se como o maior programa comercial do mundo de utilização da biomassa com fins energéticos.
2.2 Proálcool
O Proálcool buscou reduzir as importações de petróleo, e a eleição da cana-de-açúcar como fonte de matéria prima surgiu como estratégia de estabilidade frente ao aumento do preço do petróleo, consequente da inflação, e à queda do preço do açúcar. Podem ser percebidas, no decorrer do Programa, cinco fases diversas. A Primeira Fase estendeu-se de 1975 a 1979 e estabeleceu a adição de álcool anidro à gasolina a fim de se diminuir o volume de petróleo a ser importado. O início do Proálcool relacionou-se também a políticas públicas que objetivavam estimular o uso e a produção de etanol no Brasil, com investimentos públicos que atingiam 90% do necessário para a construção de novas destilarias e até 100% para produtores que fossem