Biocidas
São vários os fatores que influenciam a atividade de um biocida, destacando-se concentração, pH, temperatura, tempo de exposição, natureza da superfície contaminada, presença de matéria orgânica, estabilidade química do biocida e a natureza dos microrganismos que devem ser inativados.
Uma cepa é resistente a um biocida quando não é suscetível a concentração do desinfetante utilizada na prática ou não é inativada ou inibida pela concentração que atua sobre a maioria dos microrganismos. A resistência pode ser intrínseca ou adquirida. A primeira é natural, controlada por cromossomo e está relacionada a características estruturais dos microrganismos como a capa ou córtex de um esporo; parede de uma célula micobacteriana; maior resistência de bactérias Gram negativas pela estrutura de sua parede. Um importante mecanismo de resistência adicional é a capacidade que alguns microrganismos têm de eliminar ativamente o germicida de seu interior. A resistência adquirida geralmente ocorre por mutação cromossômica ou por transferência de outros materiais genéticos como os plasmídeos ou transposons. Este é o caso da resistência dos Gram negativos aos mercuriais. Alguns genes de resistência antibiótica dos estafilococos podem mediar também resistência aos biocidas catiônicos, através de um mecanismo