Bio-Trabalhos
Os micro-organismos endofíticos, no caso mais específico os fungos, representam para a biodiversidade fúngica um importante e diversificado componente e são conhecidos por influenciar a estrutura e a diversidade das comunidades de plantas hospedeiras. Com o passar dos anos, as evidências da existência de novos tipos de fungos se acumulam e sendo assim estima-se que possam existir mais de um milhão de diferentes espécies de fungos, mais apenas 80 a 100 mil já foram descritas. Somente de fungos endofíticos, talvez existam cerca de 1,5 milhões de espécies a serem descobertas. Os fungos endofíticos tem sido isolados de praticamente todas as plantas estudadas com grande diversidade e em plantas de diferentes ambientes como pastagens, florestas tropicais, manguezais e áreas agrucultáveis, essa é uma das razões pela qual esses fungos tem atraído especial atenção nas últimas décadas, a outra razão é que fungos endofíticos possuem com as plantas hospedeira, uma interação mutualística na qual ambos se beneficiam. A planta proporciona nutrientes e proteção para o fungo e recebe em troca compostos químicos como por exemplo enzimas, que resultam em benefícios para a proteção da planta hospedeira. Recentes estudos sobre fungos endofíticos de florestas temperadas e tropicais, indicam que essas suportam uma elevada diversidade de espécies endofíticas. Se tratando da biodiversidade desses fungos em países tropicais, o Brasil sem dúvida possui um grande potencial a ser explorado, tanto do ponto de vista de plantas já tradicionalmente cultivadas como também plantas nativas e endêmicas de áreas de cerrado, caatinga, mangue e floresta tropical. Nesse contexto, podemos citar o trabalho de Souza et al. em 2004 realizado na Amazônia, com o isolamento de 571 fungos endofíticos de plantas tóxicas das espécies Paulicourea longiflora e Strychnos cogens. Entre os endófitos isolados da P. longiflora foram identificados os