bio tica
As questões bioéticas já se faziam presentes antes mesmo de o termo ser criado em 1971 por Potter no livro "Bioethics – A Bridge to the future" (Bioética – uma ponte para o futuro) e elas são baseadas na descrição e análise das questões em pauta, na normatização em relação a essas questões, ditando comportamentos corretos e incorretos e no amparo dos envolvidos nas disputas de interesses e valores que envolvem uma pesquisa.
Quando o assunto é pesquisa em seres humanos, andamos em uma linha muito frágil, tornando essa avaliação dos projetos de pesquisa antes de sua execução ainda mais importante, para que se garanta aos participantes da pesquisa integridade e dignidade. No decorrer da história dessas pesquisas, no entanto, houve uma gama de episódios perversos e duvidosos.
Nos Estados Unidos, por exemplo, entre as décadas de 30 e 70 houve casos que causaram mobilização pública. O caso Tuskegee, principal deles, se tratava de um estudo do desenvolvimento de sífilis em negros, mesmo com a cura da doença já descoberta. Essa pesquisa durou de 1932 até 1972, e logo após seu término criou-se o Relatório de Belmont, cuja intenção era identificar os princípios éticos básicos que deveriam conduzir a experimentação em seres humanos. Os princípios básicos considerados foram: o princípio de respeito às pessoas, o principio da beneficência e o princípio da justiça.
Já na Alemanha, em 1931, apesar de o governo já possuir um detalhado regulamento sobre procedimentos terapêuticos diferenciados de experimentação humana - que coibiria o abuso e desrespeito a dignidade humana nas pesquisas - assistimos a um quadro completamente atroz ao longo da Segunda Guerra Mundial. Na Alemanha nazista eram