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O consultor da FDG diz que a maior parte das empresas brasileiras é mal gerida e que o país pagará o preço por não investir suficientemente na formação das pessoas
Cynthia Rosenburg, EXAME
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Muita coisa mudou desde que o consultor carioca Vicente Falconi começou sua pregação sobre qualidade total no país, nos anos 80. A competição alterou a velocidade dos negócios, as telecomunicações e a tecnologia da informação passaram a influenciar a operação e as empresas descobriram que poderiam se conectar diretamente com seus clientes e fornecedores. Mas a essência dos negócios -- e, principalmente, do que traz resultados para uma organização -- continua sendo, segundo Falconi, a mesma. "O que importa é ter método e um sistema de gestão eficiente", afirma. "As pessoas acham que existem várias ferramentas novas, quando são as coisas de sempre com nomes diferentes. E ficam perdidas com as figurinhas nas mãos, sem um álbum onde colocá-las." Falconi é orientador técnico da Fundação de Desenvolvimento Gerencial, consultoria com sede em Belo Horizonte. Sua obsessão por metodologia gerencial é uma mina de ouro para a FDG. Em tempos em que muitas consultorias internacionais instaladas no país vêm encolhendo, a FDG não pára de crescer: tem hoje 450 consultores, o dobro de três anos atrás. Esse exército de especialistas em gerenciamento e estatística vem ajudando companhias brasileiras -- como Gerdau e Telemar --, órgãos públicos -- como a prefeitura de Uberlândia e o Tribunal de Contas da Paraíba --, e até companhias estrangeiras lá fora -- como a Trefil Arbed, em Luxemburgo -- a economizar milhões com melhoria de processos. Principal estrela da FDG e membro do conselho de administração da AmBev e da Sadia, Falconi ainda é reconhecido por muitos empresários brasileiros como um dos maiores especialistas nacionais em administração. Numa conversa com EXAME, ele falou sobre o que leva à gestão exemplar: Qual o problema mais relatado pelas empresas