Billy eliot
Transmissão de características hereditárias
A transmissão de características hereditárias foi reconhecida e relatada por sucessivas gerações humanas, ao longo de milhares de anos. Em 1886, Gregor Mendel publicou os resultados de uma série de experiências com ervilheiras onde foram lançados os alicerces da genética. Mendel levou a cabo experiências de monoibridismo, em que seguiu a transmissão de um único carácter hereditário. Para tal, cruzou linhas puras de duas variedades de ervilheiras que deferiam num carácter objectivo, fácil de observar e que apenas podia assumir uma de duas formas alternativas (flores brancas ou púrpura, caule baixo ou alto, sementes lisas ou rugosas, entre outras). Designou essa geração como geração parental (P). Aos descendentes da geração parental chamou geração F1 ou híbridos da 1ª geração e chamou geração F2 ou híbridos da 2ª geração à resultante do autocruzamento dos indivíduos da geração F1. Mendel quantificou os indivíduos das gerações F1 e F2 em relação ao carácter em estudo e verificou que os indivíduos da geração F1 eram uniformes em relação a esse carácter e que na geração F2 surgia de novo o carácter ausente na geração F1 numa proporção de 1:3, que se repetia em todas as experiências. A figura seguinte ilustra uma das experiências de monoibridismo realizadas por Mendel.
Das experiências de Mendel, salientam-se os seguintes princípios: - para cada carácter existem dois factores alternativos; - cada organismo possui dois factores para cada carácter, idênticos ou diferentes; - nos organismos que possuem dois factores diferentes para um carácter, aquele que se manifesta é dominante e aquele que não se manifesta é recessivo; - na formação dos gâmetas, os factores separam-se, de tal modo que os gâmetas possuem apenas um dos factores, sendo, por isso, puros. A observação dos cromossomas e do seu comportamento durante a meiose confirmou-os como portadores dos factores