Bigeografia e criação

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Biogeografia e criação
A biogeografia, como parte da ciência do Ocidente, teve suas origens em meados do século XVIII. Naquela época, a maioria das pessoas acreditava literalmente nas afirmações da Bíblia de que a Terra e todos os seres vivos que encontramos hoje foram criados em uma simples série de eventos. A história da biogeografia foi sendo dirigida por dois grandes mecanismos o mecanismo biológico da evolução e o mecanismo geológico da tectônica de placas.
Assim, quando começou, em 1735, a nomear os animais e plantas do mundo, o naturalista sueco Lineu partiu do princípio de que cada um se originava de uma espécie imutável que havia sido criada por Deus. Logo em seguida, porém, descobriu que havia espécies cujas características não eram tão constantes e nem tão imutáveis quanto ele esperava. No entanto, Lineu registrou em qual tipo de ambiente cada espécie fora encontrada e, assim, deu início ao que hoje denominamos biogeografia ecológica.
A primeira pessoa a perceber que diferentes regiões do mundo continham agrupamentos de organismos diferentes foi o naturalista francês George Buffon. Buffon observou que muitos mamíferos da América do Norte, tais como ursos, cervos, esquilos, ouriços e toupeiras, também eram encontrados na Eurásia, e salientou que eles só poderiam ter se deslocado entre esses dois continentes através do Alasca, quando os climas eram mais quentes do que hoje. Buffon também percebeu que muitos mamíferos tropicais da America do sul são diferentes daqueles encontrados na África. Ao aceitar que todos eles foram criados no Velho Mundo, sugeriu então que os diferentes mamíferos dispersaram-se em busca de áreas mais adequadas à sua sobrevivência. Buffon também empregou registros fósseis para reconstruir uma história da vida que poderia, facilmente, se estender por dezenas de milhares de anos. Suas observações sobre as diferenças entre mamíferos das duas regiões logo seriam estendidas às aves terrestres, aos répteis, aos insetos e às plantas e

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