big data
BIG DATA
Computação para uma sociedade conectada e digitalizada
18 | CIÊNCIAHOJE | 306 | VOL. 51
Uma câmera registra a placa de um carro.
Alguém paga uma conta com o cartão de crédito, aluga um filme na TV a cabo ou posta uma mensagem em uma rede social...
A cada transação, dados vão sendo guardados.
A digitalização e conexão total de nossa sociedade resultam na criação e no armazenamento de uma quantidade enorme de dados.
Uma variedade de informações é gerada não só por cientistas, empresas e governos, como acontecia antes, mas também pela população em geral, por meio de equipamentos como câmeras digitais ou programas como as redes sociais.
Essa informação pode ser útil?
Pode ser correlacionada?
Geraldo Xexéo
Departamento de Ciência da Computação,
Instituto de Matemática e Programa de Engenharia de Sistemas e Computação (Coppe),
Universidade Federal do Rio de Janeiro
B
ig Data descreve um conjunto de problemas e suas soluções tecnológicas em computação aplicada com características que tornam seus dados difíceis de tratar. Há consenso de que três dessas características, as iniciadas pelos três ‘Vs’, são as principais: volume, velocidade e variedade. Apesar de
Big Data ser uma expressão criada para ter impacto mercadológico, acabou definindo uma nova área de pesquisa.
Como o termo Big Data faz supor, um dos desafios é a enorme quantidade de dados, ou seja, seu volume. Os sistemas tradicionais atuais não estão preparados para tratar certas coleções de dados que já temos ou vamos obter nos próximos anos. A previsão é que passaremos da faixa de muitos gigabytes (bilhões de bytes) ou poucos terabytes (trilhões) para a faixa de petabytes (milhares de trilhões) ou até mesmo exabytes (milhões de trilhões).
Para dar uma ideia, um disco rígido comum tem atualmente em torno de 1 terabyte. O LHC, o maior acelerador de partículas do mundo, no Centro Europeu de Pesquisas
Nucleares (CERN), na Suíça, armazena