Big Data e autonomia do usuário: os rumos de um futuro dataficado
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GIOVANNA ABREUOrientador: Prof. Dr. Marcos Nicolau
Quanto será, de fato, essa “enorme quantidade” de dados?
O governo dos Estados Unidos aperfeiçoou uma capacidade tecnológica que nos permite monitorar as mensagens transmitidas pelo ar... A qualquer momento, ela pode ser voltada contra a população, e a capacidade de vigiar tudo – conversas telefônicas, telegramas, qualquer coisa – é tamanha que nenhum americano teria mais privacidade alguma. Não haveria onde se esconder. (Senador FRANK CHURCH, presidente do
Comitê Especial do Senado Norte- Americano para Estudar Operações do Governo
Relacionadas a Atividades de Inteligência,1975)
1. Trazer uma reflexão sobre o oposicionismo entre as ideias de liberdade como atributo essencial para o compartilhamento de informações on-line e a ditadura imposta pelo controle dos dados.
2. Analisar as implicações dessa vigilância sobre o poder de autonomia do usuário.
O big Data é produto da evolução contínua da computação e da comunicação, uma conseqüência da comunicação pervasiva e da ubiqüidade da informação, da midiatização: pessoas, máquinas e ambientes comunicam-se através do mesmo código, compartilhando informações, diuturnamente.
O valor de um dado já não se mantém apenas no uso primário, mas surgem fins secundários não planejados.
A dataficação de todos esses dados, ainda que seja com o intuito de criar produtos e serviços para aumentar o grau de satisfação das pessoas, terá um impacto determinante sobre as nossas liberdades individuais e, consequentemente, sobre a nossa privacidade.
As maneiras como produzimos, divulgamos e interagimos com a informação implicam em mudanças irrevogáveis dos valores sociais.
O Big Data trata, essencialmente, da dataficação de uma massiva quantidade de informações.
Embora o conceito de Big Data não seja novo, está recebendo uma grande atenção por razões como o aumento da capacidade de armazenamento, do