Biblioteca 852
Fazendo uma analogia bastante simplista, o Plano de Negócios é para o empreendedor o mesmo que um currículum vitae é para o profissional que busca uma recolocação no mercado de trabalho, ou seja, um documento que consolida, em poucas páginas, o conceito do negócio com o objetivo de buscar apoio e elaborar o planejamento da empresa.
Ninguém consegue se lembrar de todos os aspectos relacionados a um novo produto, um novo serviço ou um novo negócio, no momento de sua concepção. O profissional de Marketing vai pensar em propaganda, visual, marca, promoções, receptividade ou distribuição, mas pode se esquecer dos impostos, da legislação específica ou restrições de higiene sanitária. Da mesma forma, o inventor do produto pode conhecer todos os aspectos relacionados a uso e apelo, características técnicas, processo produtivo, necessidade de especialização de mão-de-obra ou fontes de matéria-prima, mas pode esquecer de analisar o retorno sobre o investimento, índice de lucratividade e serviços de pós-venda.
Assim, em primeira instância, elaborar um Plano de Negócios é um exercício para enxergar o negócio por inteiro, explorar todos os aspectos relacionados a itens como: mercado, finanças, operações, produto, empresa, estrutura organizacional, análise do investimento e competitividade. A obrigação de adquirir esta visão ampla dá ao empreendedor a possibilidade de corrigir falhas no seu modelo logo no início e até mesmo levá-lo a descobrir que o negócio não é viável, o que, por si só, já justificou o trabalho de tê-lo desenvolvido. É a chance do empreendedor cometer erros "no papel" ao invés de cometê-los na vida real.
A busca de apoio é a próxima fase de uso do Plano de Negócios, e o documento precisa ser escrito tendo em mente quem será o leitor. Investidores, parceiros, sócios, clientes e fornecedores são os potenciais leitores. Este apoio pode ser financeiro, obter um contrato de venda ou de fornecimento exclusivo, conseguir