Betametasona versus dexametasona para a prevenção da morbidade nos recém-nascidos de muito baixo peso
(Betamethasone vs dexamethasone for the prevention of morbidity in very-low-birthweight neonates)
Feldman DM, Carbone J, Belden L, Borgida A, Herson V
Am J Obstet Gynecol 2007;197:284.w1-284.e4
Realizado por Paulo R. Margotto, Intensivista Neonatal do Hospital das Forças Armadas (EMFA)/DF. www.paulomargotto.com.br pmargotto@gmail.com O uso dos corticosteróides no pré-natal reduz o risco de morbidade pulmonar neonatal, hemorragia intraventricular, enterocolite necrosante e morte neonatal. A betametasona e a dexametasona são os corticosteróides mais usados para acelerar a maturação pulmonar, devido o rápido cruzamento da placenta e apresentam atividades biológicas semelhantes. Com base no consenso do National Institutes of Health em 1994, o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia recomendam que a gestante entre 24 e 34 semanas que apresentam risco de parto prematuro dentro de 7 dias recebam um simples curso de betametasona (12 mg) intramuscular cada 24 horas por 2 doses ou dexametasona (6mg) intramuscular cada 12 horas por 4 horas. Devido a maior vida média, a administração de um curso de betametasona requer somente 2 injeções com intervalo de 24 horas, ao passo que para a dexametasona são necessárias 4 injeções para um curso de dexametasona. Os dados comparando ambos corticosteróides têm sido conflitantes. Metanálises de ensaios clínicos randomizados tem mostrado que ambos corticosteróides reduzem o risco de doença da membrana hialina e outras morbidades neonatais. No entanto, somente a betametasona reduziu a mortalidade neonatal. Não há recomendações para usar um ou outro agente. Embora há poucos questionamentos sobre o efeito dos corticosteróides no pré-natal na maturação pulmonar, a ótima preparação a ser usada permanece não esclarecida. A Farmácia do Hospital destes autores ficou sem a disponibilidade de betametasona de outubro de 2001 a