Bertold Brecht
Vida:
Nasceu antes da virada do século, no dia 10 de fevereiro de 1898, no Estado Livre da Baviera, no extremo sul da Alemanha. Era filho de Berthold Brecht, diretor de uma fábrica de papel, católico, e de Sophie Brezing, protestante, que fez seu filho ser batizado na igreja. Estudou medicina e trabalhou como enfermeiro num hospital em Munique.
Teve três filhos com Helene Weigel: Stefan Brecht, Barbara Brecht-Schall e Débora Destefani Brecht. Em 1923 casou-se com Marianne Zoff, de quem se divorciaria em 1927, e com quem teve uma filha, Hanne. Conheceu o músico Kurt Weil em 1927. Dois anos depois, criaram juntos a "Ópera dos Três Vinténs", que se tornaria um grande sucesso. A partir daí, o dramaturgo passou por um período de grande produtividade. Criou "A Mãe", "Homem por Homem", "Mahagonny", "Happy End", "Santa Joana dos Matadouros", entre várias outras peças. Nesta época desenvolveu também a teoria do teatro épico, que seria publicada em 1948, em "Estudos sobre Teatro."
Viveu em tempos negros: viu a 1ª Grande Guerra, viu a Revolução ser massacrada na Alemanha e seus líderes serem barbaramente assassinados, assim como milhares de operários e também as lideranças sindicais. Viu a fome nos anos 20, viu a ascenção de Hitler, viu a perseguição de perto. Em 1933 viu o incêndio do Parlamento Alemão - o Reichstag - e compreende que tinha chegado uma nova era. Sabia que os próprios nazistas tinham colocado fogo no parlamento e colocado a culpa nos comunistas. As perseguições iam aumentar. Era hora de fugir.
Brecht exilou-se da Alemanha, indo primeiro para a Suíça, depois para Paris e finalmente fixando-se na Dinamarca. Nesse período, criou "Terror e Miséria do Terceiro Reich," "A Vida de Galileu" e "Mãe Coragem e seus filhos”. Com a invasão da Dinamarca pelos alemães, partiu novamente, refugiando-se agora em Nova York, em 1941. Bertolt Brecht trabalhou em Hollywood. Dois anos após o fim da Segunda Guerra, em 1947, retornou à Europa. Instalou-se