Dada toda a importância do episódio em que se fez a Proclamação da República em 1889, dentre seus vários personagens consideráveis, optamos por compor nossa dissertação dando enfoque apenas em sua participação no golpe, escolhendo então ana figura de Benjamin Constant Botelho de Magalhães, nascido em 9 de fevereiro de 1837 em localidade próxima a Niterói, era o primeiro dos cinco filhos, teve o nome escolhido por pelas convicções políticas adotadas pelo pai, numa referência ao pensador franco-suíço cujas as ideias inspiraram o Poder Moderador. Tenente-coronel e professor de matemática da Escola Militar da Praia Vermelha e diretor do Instituto dos Meninos Cegos, Benjamin Constant figura como um dos fundadores da república brasileira, porém injustiçado pela História o tornando uma figura secundária na movimentação em prol da república. Foi ele o idealizador da revolução segundo o historiador José Murilo de Carvalho nas palavras dele, “o tenente-coronel foi o catequista, o apostolo, o mestre, o ídolo da juventude militar” no qual sem ele o golpe teria fracassado. “O professor” de matemática – e preferia ser reconhecido assim – que nas palavras do historiador Vicente Licínio Cardoso, dirigiu uma revolução política, figura como um herói improvável, de uma história marcada pela tragédia segundo palavras de Laurentino Gomes em seu livro “1889”. A ausência do papai que viera a falecer quando tinha treze anos, o levou a tentar o suicídio, em seguida a mãe enlouquece e se vê na responsabilidade de sustentar seus quatro irmãos o que leva-o a alistar-se no Exército. Porém a marca da injustiça sempre o acompanhara, desde o início teve um traço de rebeldia que lhe custou algumas prisões por insubordinação, teve fama de medroso na Guerra do Paraguai, boato que se empenhou a desmentir. O historiador Renato Lemos autor da Biografia de Constant, prefere acreditar na teoria de que Benjamin sofria de “síndrome do caiporismo”, ou seja, um azarado e definição melhor não