Benedict Anderson
Texto: ANDERSON, Benedict. Comunidades Imaginadas: Reflexões sobre a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008. P. 9-17/26-83 ----------------------------------------------------------------------------------------------------------
Tratando do poder e da força de imaginação que uma comunidade tem para se definir, Anderson retrata que tal imagem criada por uma sociedade é resultado do nacionalismo. Mostra que assim como a nacionalidade, o nacionalismo é um produto cultural específico criado no fim do século XVIII e é a partir disso que tenta provar como esses produtos despertam apego profundo na comunidade.
Define nação como “uma comunidade política imaginada – e imaginada como sendo intrinsecamente limitada e, ao mesmo tempo soberana.” (p.32). Diz-se imaginada porque mesmo uma nação pequena nunca irá conhecer todos os seus membros, suas ideias, mas mesmo assim dentre estes está presente um sentimento, uma imagem de comunhão. Assim, uma comunidade irá se distinguir a partir do estilo em que for imaginada e será limitada porque uma nação possui fronteiras finitas que a separam de outras nações. O termo de comunidade usado para se referir a uma nação se dá porque mesmo que se possua uma desigualdade entre seus membros, existirá um sentimento ao qual Anderson nomeia como “camaradagem horizontal”.
Para Anderson afirmar que o século XVIII, na Europa Ocidental, marca o início do nacionalismo, propõe que seu entendimento esteja alinhado com os grandes sistemas culturais que o precederam, alguns que chegaram a ser combatidos pelo próprio nacionalismo.
As comunidades religiosas, eram comunidades que se fundamentavam a partir de uma língua sagrada. Essas comunidades mais antigas confiavam no sacramentalismo de sua língua. O meio de se imaginar essas grandes comunidades era feito então pelas línguas sagradas de cada uma.
Porém, a magnitude dessas grandes comunidades religiosas foi diminuindo