BELO HORIZONTE
TRANSFORMAÇÕES NA ORDEM URBANA
O processo de metropolização na
Região
Metropolitana de Belo Horizonte iniciou-se na década de 1940, partir da implantação da Cidade Industrial
Juventino Dias, inau-gurada em 1946, em Contagem.
Cidade Industrial Juventino Dias, inau-gurada em 1946
A ex-pansão urbana de Belo Horizonte ocorreu nos anos cinquen-ta na direção oeste, onde foram aprovados 113 loteamentos em Belo Horizonte,
Contagem e Betim, totalizando 80.600 lotes. Outra importante intervenção contribuiu ainda para a formação desse vetor de expansão, denominado, posteriormente, eixo industrial pelo PLAMBEL: o prolongamento da Avenida Amazonas que, partindo do
Centro de Belo Horizonte segue em direção a
Contagem e Betim.
A partir dessas origens, o Vetor Oeste é hoje composto pelos mu-nicípios de Contagem, Betim, Ibirité,
Sarzedo e Mário Campos4, quase todos de alta ou muito alta integração ao processo de metropolização, sendo que o município de Contagem é considerado como uma extensão do próprio polo metropolitano.
Região originalmente caracterizada por po-pulação operária, vem recebendo empregadores e profissionais de nível superior, nas áreas centrais, de expansão da atividade imobiliária.
Também nos anos quarenta iniciou-se o crescimento na direção norte, a partir do complexo turístico e de lazer da Pampulha. A Pampulha nasceu como empreendimento destinado a lugar de moradia e lazer das elites. O Decreto Municipal n. 55, de 1º de abril de 1939, definia a tipologia de ocupação das margens da lagoa, estabele-cendo critérios de parcelamento e de edificação tais como terrenos de 1.000 m² e recuo de cinco metros do alinhamento da avenida, devendo ser ajardinado, entre outras regras. Na década de 1970, o crescimento populacional ocorrido nos municípios vizinhos, ao norte, configurou outra forma de expansão, caracterizada agora pelos loteamentos populares, ao quais se agrega-riam, nos anos de
1980,
os conjuntos habitacionais e as ocupações de terra. A