No auge da Belle Epoque, o historiador Paulinho Nogueira publicou uma crônica sobre as transformações em Fortaleza, ele faz uma comparação de décadas atrás com a “nova” Fortaleza, uma Fortaleza mais atual, mais estruturada, seria uma remodelação urbana. Esse período inseriu a capital cearense na belle époque( intenso fluxo de transformações de ordem urbana), no entanto não era apenas encher a cidade de equipamentos e serviços modernos, era necessario “civilizar” a população, “educar” os setores populares(pobres, mendigos, loucos, vadios e prostitutas), que naquela época eram vistos como rudes e selvagens. Pode-se destacar também o grande aumento da exportação de algodão, a capital se destaca como centro urbano econômico. A partir da década de 60 e 70 o perfil da cidade começa a sofrer alterações, surge a Santa Casa de Misericordia, para zelar da saúde pública, com práticas de higiene sobre a população, sobretudo a população pobre, que tinha o principal foco de insalubridade. Já na décado de 1870 teve a instalação da ferrovia de Baturité, a construção de cemitério e criação da Academia Francesa. A inauguração da ferrovia abrangeu o comercio, estreitou a distância e a dependêcia do interior com a capital. A edificação do cemitério foi também de grande importancia, sendo ele um pouco mais afastado, para suprir a necessidade sanitária, pois o outro que havia era muito proximo ao centro, além de ter sido sepultadas muitas pessoas vítimas da coléra. Após algum tempo chegaria a vez dos idosos, loucos e meretrizes serem afastados da cidade, pois eram tidos como pessoas que traziam riscos para a cidade e eram confinados fora da região central. Era notável que a cidade estava expandindo, mas isso não poderia acontecer de forma desordenada, então o engenheiro-arquieto Adolfo Herbster foi contratado para elaborar uma planta de Fortaleza, dessa forma ele o fez, deixou a capital mais aberta, mais transparente e melhor transitável para todos(carros e