Beleza Americana E Sisifo
Filosofia
Beleza Americana e O Mito de Sísifo.
Decidi analisar o filme através do material escrito por Albert Camus sobre O Mito de Sísifo e a filosofia do absurdo. Encontrei, ao decorrer do filme, tamanha paridade entre o absurdo e a vida de Lester, o personagem principal, que não seria possível escrever sobre qualquer outro tema sem que fosse necessário abordar o texto de Camus em algum momento. O filme começa com o personagem principal e narrador póstumo, Lester, apresentando sua vida e assumindo aos espectadores que se sente sedado em relação ao mundo devido à perda de algo, que ele não tem certeza do que é. A meu ver, o que Lester perdeu é nada mais, nada menos do que o controle de sua vida. Sua liberdade. O personagem se encontra preso dentro de uma rotina cotidiana e sufocante que tira dele o prazer em viver e desfrutar a vida. O personagem não tem projeções futuras e apenas vive cada dia de sua rotina, sempre acordando no dia seguinte para repeti-la. Sua vida é tão rotineira que a família janta todos os dias ouvindo as mesmas músicas. Isso é o absurdo presente na vida de Lester e o que o leva a questionamentos sobre sua existência e apatia quanto ao mundo. A busca de Lester em quebrar a sua rotina e procurar a liberdade acontece a partir do momento em que ele conhece uma amiga de sua filha, que faz com que ele deixe de lado um estado de total entorpecimento e volte a se sentir vivo. Desse ponto em diante, o personagem entra em condição de rebelião e revolta, onde ele passa a se desvencilhar de todos os pontos de sua maçante rotina e faz de tudo para que seus dias valham algo para ele. O personagem passa a aproveitar sua liberdade através de escolhas e opções que afetam diretamente a sua vida, como largar o emprego que mantinha a 14 anos para trabalhar em um fast food que não traga a ele tantas obrigações. Suas ações despretensiosas em busca de uma vida libertina, porém, ocasionam uma corrente de