Beleza america
O filme trata da história de um homem que está com medo de envelhecer, na verdade, DESAPARECER, seria a palavra mais apropriada. Essa é a parte que (alguns de nós) rejeitamos, mas, andando de mãos dadas com esse primeiro medo está o receio que ele tem em não conseguir enxergar a beleza nas pequenas coisas, à esperança no amor verdadeiro e que as pessoas mais próximas, percam totalmente respeito e admiração. Aí, não há como não empatizar com ele. Se você não consegue porque nunca experimentou esses sentimentos, me ligue, pois eu tenho muito que aprender com você.
Lester Burnham, o nosso anti-herói do filme, é interpretado por Kevin Spacey como o homem que é mal amado pela filha adolescente, ignorado pela mulher que vive acordada o American Dream, e dispensável ao trabalho que passou grande parte de sua vida exercendo.
Como ele fala logo nas primeiras frases do filme (o anti-herói é, também, narrador, ele narra o seu passado, não estando ciente pois ele narra suas memórias), “Meu nome é Lester Burnham. Em um ano, eu morrerei. De certa forma, eu já estou morto”. Se você vê a comicidade que existe no personagem principal do filme falar nos primeiros minutos que ele vai morrer, me ligue, pois temos muito que conversar.
Em seguida, conhecemos a mulher dele, Carolyn, que tem mania de perfeição e projeção da “imagem de felicidade” (what the fuck???). Na primeira cena dela, ela está a cuidar do seu jardim de rosas chamadas “Beleza Americana” combinando, nada acidentalmente, as cores do alicate e dos sapatos de jardinagem. As rosas estarão presentes no filme inteiro. Depois, somos apresentados a Jane, a filha adolescente ácida que está juntando dinheiro para fazer uma cirurgia de implantes nos seios, quando ela CLARAMENTE não precisa disso. As duas, mulher e filha, se envergonham de Lester.
Tudo muda para o personagem principal, na noite que ele é quase obrigado a assistir a uma apresentação da filha