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Cerca de 550 jovens muçulmanas saíram da Europa nos últimos anos para casarem com membros do Estado Islâmico, na Síria e Iraque. O que procuram? Estabilidade financeira, por exemplo.

AFP/Getty Images

AutorAna Pimentel anascpimentel Facebook Email

TópicosCASAMENTOESTADO ISLÂMICOISIS

São mulheres que deixam a família e as cidades onde vivem na Europa para casarem com membros do Estado Islâmico, na Síria ou no Iraque. Nos últimos anos, aproximadamente 550 jovens muçulmanas saíram do continente europeu para casarem com jihadistas. Muitas têm níveis de educação elevados e cresceram em famílias europeias de classe média,conta a Reuters.

Foi o que aconteceu às três jovens britânicas que foram encontradasnum terminal de autocarros na Turquia antes de iniciarem uma viagem com destino a uma cidade fronteiriça com a Síria. Conta a Reuters que estas mulheres não parecem estar profundamente alienadas da sociedade.

O que as leva a juntarem-se a um grupo antifeminista como o Estado Islâmico? Porque é que querem fugir para locais onde a sua liberdade de expressão é reduzida? De acordo com alguns especialistas, os motivos são os mesmos que os dos homens: algumas sentem-se distantes da sociedade europeia, outras estão revoltadas contra a desigualdade, entre outros.

Mas existe algo que está a intrigar a sociedade: se estas mulheres estão a ser influenciadas pela alienação, pobreza ou revolta, então porque é que só apenas as jovens entre os 15 e os 19 anos é que estão a sair da Europa para se juntarem aos militantes do Estado Islâmico?

Uma das razões tem a ver com o planeamento do futuro. É nesta idade, entre o final da adolescência e o início dos 20 anos que as pessoas começam a pensar no que querem fazer: que profissão querem ter ou com quem gostariam de casar.

Segundo um estudo da Comissão para a Igualdade e Direitos Humanos, que recolheu informação entre 2000 e 2010 no Reino Unido, as mulheres muçulmanas experienciam a discriminação com maior frequência

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