Bayar

Bayar : O ambiente de vivencia de Bayar assim como Ponijão, faz com que eles se destaque no documentário , isso se configura com o fato deles serem os mais “estranhos” aos olhos de quem assiste . Como o filme é dirigido por um ocidental, percebe-se que ele possui um olhar mais voltado á alteridade. No caso de Bayar, ele já possuía desde muito pequeno uma autonomia diferente das outras crianças mostradas no filme, era um garoto curioso.
As diferenças entre o ambiente urbano e o rural traz uma socialização diferente também. Na cidade, o contato familiar quase se restringe ao convívio com os pais e com adultos que fazem parte do círculo de amizades dos pais ou de grupos dos quais eles participam. Já as crianças do mundo rural têm relação mais próxima com a família extensa, irmãos, primos, tios e avós. O menino mongólico está o tempo todo rodeado de animais domésticos e em constante contato com bois, cabras, gatos e galinhas. Em alguns momentos do filme percebemos reações superáveis dele, como quando os animais aproximam-se dele e ele subindo em um balde se protege , com esse convívio ele aprendeu a se defender.
Desde muito cedo em sua vida, o ser humano está rodeado de estímulos, imerso nos hábitos e costumes dos adultos. Isso nos ajuda a perceber o processo pelo qual uma cultura fica tão entranhada no indivíduo, acostumado com os padrões de comportamento que presencia e replicador desse mesmo modo de viver e ver o mundo. Bayar não andou tão rapidamente como os outros bebês, pelo contrario, enquanto eles davam os primeiros passos, Bayar ainda tentava parar em pé, pois esse processo é individual, acontece a mesma sequencia com todos, mas em tempos e estímulos diferentes. A aquisição da fala também se trata desse aspecto. Ele vivia em um meio rodeado de estímulos adultos, onde a observação dele era mais desempenhada do que sua fala de fato, não possuía os estímulos que Ponijão tinha com as musicas que eram cantadas a ele. Outra diferença observada entre os bebês