bauman zygmunt
ESPAÇO PLURAL
ZYGMUNT BAUMAN:
ENTREVISTA SOBRE A EDUCAÇÃO.
DESAFIOS PEDAGÓGICOS
E MODERNIDADE LÍQUIDA
1
ALBA PORCHEDDU
Segunda parte da entrevista:
Os desafios da educação: aprender a caminhar sobre areias movediças
Tradução: Neide Luzia de Rezende e Marcello Bulgarelli
Zygmunt Bauman (Polônia, 1925). Sociólogo, catedrático emérito de Sociologia nas Universidades de Leeds e Varsóvia, autor de diversos ensaios, entre os quais se encontram: Globalização: as consequências humanas (1999), Vida para consumo: a transformação das pessoas em mercadoria
(2008), Em busca da política (2000), Modernidade líquida (2001), Vidas desperdiçadas (2005).
Seus trabalhos contribuíram para a edificação de um complexo e completo instrumental conceitual em torno da sociedade moderna. Embora seja frequentemente mencionado como um pensador
“pós-moderno”, seus livros não representam uma visão entusiasmada do pós-modernismo; aliás, ele se distancia da separação dicotômica modernidade versus pós-modernidade, argumentando que ambas as configurações coexistem como os lados de uma mesma moeda. Para dar conta desse fenômeno, cunhou os conceitos de “modernidade sólida” e “modernidade líquida”.
Esta entrevista foi realizada por meios eletrônicos pela professora Alba Porcheddu. O objetivo foi procurar interpretar criticamente, por meio das reflexões de Z. Bauman, o diálogo entre Pedagogia e Sociologia a fim de contribuir para a reflexão educativa. Alba Porcheddu é professora de Didática
Geral e de Didática e Comunicação do Departamento de Ciências da Educação da Università degli
Studi Roma Tre. A entrevista foi publicada originalmente em 2005 pela editora romana Anicia, sob o título Zygmunt Bauman: intervista sull’educazione. Sfide pedagogiche e modernità liquida (www. anicia.it). A Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais/Argentina, a quem agradecemos os originais, publicou posteriormente este trecho em Propuesta Educativa, Buenos Aires, v.