BAUMAN. Ensaios sobre o conceito de cultura . Rio de Janeiro : Zahar, 2012. Capítulo 3: Cultura como práxis.
Aluno: Harlan Teixeira Parente.
-O autor pretende neste capítulo desenvolver a controvérsia sobre cultura-estrutura social que pertence á família dos temas originados na experiência básica da natureza dual da condição da existência humana.
-Os antropólogos britânicos, ao contrário dos norte-americanos, vêem pouca utilidade para o conceito de cultura. Eles afirmavam que a identidade de uma sociedade tem raízes numa rede mais ou menos invariante de relações sociais. Estas relações sociais eram permanentes, duradouras, pouco sujeito a mudanças. A noção de estrutura estava próxima a coesa e o equilíbrio.
-Os antropólogos americanos consideravam útil descrever a cultura. A estrutura social seria um sistema ético onde a melhor maneira de enxergar a estrutura social era através dos estados mentais das pessoas, inter-relacionados com à conduta de homens em relação aos homens.
-Esta controvérsia está ligada à questão da dualidade da existência humana. Recebemos esta dualidade do universo da realidade que parecem admitir graus de manipulação humana diferenciados, demonstram maleabilidade diante da vontade dos homens.
-A totalidade dos significados constitui o domínio do espírito que torna possível o processo de vida humana individual porque esse processo compartilha o mundo do espírito. Portanto o espírito, e não a alma, é o verdadeiro fulcro da compreensão da vida e da capacidade de viver. O que compreendemos é o espírito penetrando a alma dos indivíduos, já que somente o objetivo, o universal e o invariante são passíveis de compreensão. A alma é um fenômeno empírico.
-As atitudes mentais das pessoas como indivíduos, intercomunicáveis,fornecem o elo mediador entre o domínio dos significados e a interação humana concreta, assim como sua compreensão.
-Kroeber se esforçou para desembaraçar o corpo da cultura de sua âncora individual.