batismo de sangue
Dirigido pelo cineasta Helvécio Ratton, o filme chama a atenção porque mostra a face mais cruel da Ditadura brasileira: a tortura institucionalizada pelos aparelhos repressivos, que vitimou milhares de pessoas e deixou marcas até em quem jamais sofreu qualquer tortura, tamanho o medo que despertou até naqueles que só ouviam falar dos acontecimentos.
Ele era uma das pessoas mais procuradas pelos “milicos” na época da Ditadura Militar. Carlos Marighella foi preso e torturado por duas vezes durante o primeiro governo Vargas e chegou a viajar para a China entre 1953 e 54, para ver de perto a recém-realizada Revolução Chinesa.
Após ser baleado e preso por agentes do DOPS em 1964 – e solto em 1965 por decisão judicial – resolveu fundar e liderar a ALN, organização que, juntamente com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), organizou o sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick em setembro de 1969.
Marighella foi caçado pelo então delegado Sérgio Paranhos Fleury, também conhecido como “papa”, e que no filme é interpretado pelo ator Cássio Gabus Mendes – assustador no papel, diga-se de passagem. E o que o delegado Fleury fez para colher as informações necessárias para encontrar Marighella? Forçou o elo mais fraco da corrente, prendendo e torturando os frades que estavam apoiando a ALN.
Neste ponto, é importante lembrar que na época do Golpe, grande parte dos integrantes da Igreja