Baterias em aeronaves avançadas
A energia do voo e o Boeing 787
Fonte: Boeing Company - acessado em março 2013 http://787updates.newairplane.com/787-Electrical-Systems/Batteries-and-Advanced-Airplanes# Dois jarros de terracota, chapas de cobre e uma barra de ferro encontrados por arqueólogos em uma localidade nas proximidades de Bagdá sugerem que a tecnologia da bateria – em suas várias formas – data de quase 2.000 anos. Descobriu-se que, juntos os artefatos poderiam formar uma bateria funcional.
Mas foi o trabalho do inventor americano Benjamin Franklin – que cunhou o termo “bateria" e demonstrou que era possível armazenar eletricidade – que inspirou outras explorações científicas. Como muitas tecnologias, as baterias de hoje são resultado de testes constantes, avanços incrementais e da soma de conhecimentos.
A eletricidade tem sido usada para impulsionar voos desde os primórdios da aviação. Orville e Wilbur
Wright usaram uma faísca elétrica para inflamar uma mistura de gás e ar do motor de combustão interna que permitiu ao Wright Flyer levantar voo e aterrissar nos livros de história.
Desde então, as aeronaves ficaram cada vez mais complexas, com necessidades de desempenho e recursos operacionais que exigem sistemas elétricos cada vez mais avançados, dos quais as baterias são um componente integral.
Um breve tutorial
Para entender o papel das baterias no sistema elétrico do 787, primeiro é preciso entender como elas funcionam. As baterias fornecem energia elétrica, pura e simplesmente. E cada uma das duas baterias principais a bordo do 787 precisa armazenar uma quantidade expressiva de energia – 65 amperes hora (Ah) a 32,2 volts, ou mais de 2.000 watts hora de energia.
Para colocar esses números em perspectiva, pense na bateria de um carro elétrico. Se ela fornecer 80 A-h, significa que o carro pode rodar com a carga da bateria por 80 horas, caso o sistema elétrico precise de apenas um ampere para operar – ou por uma hora, caso o carro