Batchelor
No cenário pós-Primeira Guerra, não podemos observar uma corrente acadêmica principal em que os artistas independentes pudessem se posicionar como oposição critica, porém isso não significa que a arte moderna tenha se desenvolvido sem disputas e divisões:
“A história desse período é, até certo ponto, a história dos grupos de interesses competindo pelo status e pelo significado da história da arte – tanto a história recente quanto aquela um pouco anterior -; pelo significado da arte moderna; e pela natureza da vida moderna.” (Batchelor, p. 03)
Para Batchelor, um aspecto de grande importância do significado das obras de arte é “estabelecido pelo seu posicionamento dentro de uma rede de alternativas”, ou seja, o significado dado à obra é em relação a outra obra, o que faz que dependendo da “rede de alternativas”, esse significado muda.
O Naturalismo, o Classicismo, a Escola de Paris
Um grupo de artistas que não rogava de tanto prestígio antes da guerra, começa a ganhar mais atenção critica e comercial. Foram rotulados de “Escola de Paris”, esse grupo de artistas que trabalhavam na época com um estilo informal e naturalista. Segundo Batchelor nos conta sobre pensamento de um crítico francês da época chamado Louis Vauxcelles, “o Cubismo sempre personifica a antítese de tudo que tinha valor em arte: era excessivamente intelectual, frio, calculado, artificial e carente de espontaneidade ou sentimento. Mais que tudo, parecia rejeitar a natureza.”(p. 10) O autor passa então a analisar algumas obras cubistas, mas antes diz que é importante salientar que dentro do grupo naturalista, haviam diferenças muito significativas, citando o exemplo de Henri Matisse, que utilizava temas exóticos, cores vivas, leveza nos retoques e atenção ao decorativo, em contrapartida a “rusticidade provinciana” de De Segonzac. Ele afirma também, que Matisse não é o único que se utiliza de “uma