Batalha de Cachoeira
Uma igreja. Brasileiros reunidos. Uma cerimônia: o “Te Deum”, um tipo de missa de ação de graças – nesse caso, a graça alcançada era a aclamação do Imperador e declaração de independência. Um tiro de canhoneira. A maioria das pessoas corre em desespero. Outros vão atrás dos agressores. Os portugueses atacam a pequena cidade baiana de Cachoeira, após já terem dominado Salvador.
A intenção é reprimir o sentimento separatista que ali se concentrava e crescia. D. Pedro I já havia declarado a independência, mas os portugueses não iriam ceder a Bahia tão facilmente. Os brasileiros reagem e, após três dias de luta, abordam a barca que fez os disparos e prendem os portugueses. Às margens do Rio Paraguaçu, cachoeira foi a sede da Junta Governativa, assumindo o papel de capital da Bahia enquanto Salvador estivesse ocupada, sendo um dos baluartes na luta pela independência no começo do século XIX. É para Cachoeira que Maria Quitéria se dirige para se alistar no Batalhão dos periquitos e lutar pela independência do Brasil sob o comando de Silva Castro, avô do poeta Castro Alves. É na volta de Salvador para Cachoeira que Maria Quitéria e outros soldados abordam um barco português e prendem os marujos. É em Cachoeira que Dom Pedro I é aclamando “defensor perpétuo do Brasil”. Cachoeira, por sua posição estratégica, assumiu um papel vital para a consolidação da independência brasileira. Todos os anos, no dia 25 de junho, a população sai ás ruas da cidade no desfile promovido para relembrar a aclamação do Imperador e o fato de que Cachoeira foi Capital da Bahia por aproximadamente 16 meses.
Arthur Luz 9º A